Dentre os pré-candidatos à presidência do Brasil nas eleições de 2022 dois nomes se destacam por falar abertamente da sua fé ao cristianismo e, consequentemente,
ganhando a simpatia do público cristão. Sendo estratégia ou não, não podemos negar que esse discurso vem ganhando força cada vez mais desde a ascensão de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2018. Segundo dados do Instituto Datafolha, divulgados em 2020, 31% da população é composta pelo segmento evangélico e, pelo menos, 50% pelo católico, fica claro que esse público consegue definir uma eleição.
O atual presidente não esconde sua fé em Deus e usa do apoio de grandes pastores e igrejas para promover sua candidatura, participando de eventos organizados por autoridades evangélicas e fazendo discursos eleitorais em igrejas.
No domingo (22) , Bolsonaro se dirigiu aos fiéis da Assembleia de Deus do bairro Agostinho Porto, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, falando sobre seu mandato atual, criticando sobre quem defende “quase sempre a liberação do aborto, a liberação das drogas, a ideologia de gênero e atacando a família brasileira”. E finalizando com um conselho sobre a importância das escolhas: “Se essas pessoas que nunca estiveram ao lado de seu povo trabalhador e sempre perseguiram os cristãos pensam em voltar ao poder usando mentiras, que é a arma deles, ao contrário da nossa, que sempre usamos João 8:32 (citação bíblica). O que peço a Deus nesse momento é pedir sabedoria a todos nós, que nos ilumine, porque lá na frente nós seremos responsáveis pelas nossas escolhas. Eu tenho certeza, com fé em Deus, que sempre tendo o nosso Brasil acima de tudo e Deus acima de todos, nós tiraremos o Brasil da beira desse abismo”
Pablo Marçal (Pros), é um dos mais novos nomes que tem prometido reformular o jeito que se tem feito política no Brasil. O multiempresário, oficializou no dia 1º de maio sua pré-candidatura a presidente da República, na eleição de outubro. O anúncio ocorreu durante o evento “Destravar da Nação”, que reuniu 20 mil pessoas presenciais no estádio Arena de Barueri e 35 mil pessoas online.
Marçal tem ideais firmes sobre o que precisa ser feito para a mudança, em relação à fome, que teve um aumento exponencial durante a pandemia, afirmou na coletiva de imprensa (de 19 maio de 2022): “a fome nunca vai acabar, ela é cíclica”. Defendendo essa mesma ideia, no programa Movimento Brasil Livre (MBL) no YouTube, acrescentou: “A gente tinha um programa Fome Zero. O povo está com fome ainda. Sabe por quê? Porque fome você não acaba. A fome é filha da miséria. E a gente não ataca a fome. Se a miséria estiver viva, ela reproduz igual coelho, mais que os Goonies, você tacou água ela reproduz cem por hora. Então a fome ela não acaba. A gente tem que tirar as pessoas realmente da miséria”.
Apesar de ser presbítero, cantor e compositor de música gospel, Pablo Marçal fala abertamente de sua fé, mas [ainda] não é a sua principal estratégia de campanha eleitoral. O coach e empresário decidiu se lançar candidato a presidente em razão da polarização criada entre Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o influenciador afirmou em um vídeo produzido pela equipe de campanha que Lula e Bolsonaro estão “cansados, com a mesma mentalidade”.
